Sexta-feira 13, terror e outras capirotagens


Eis que estamos em uma semana com sexta-feira 13 e meus amigos trevosinhos e góticos suaves já estão aí alvoroçados pra ver uns filminhos de terror e serem felizes praticando esse esporte que, como muitos outros, não me agrada: sentir medo.


Há quem diga que se sentir tenso e levar sustos é uma atividade prazerosa, eu definitivamente não sou uma dessas pessoas. Coragem nunca foi uma das minhas características mais marcantes e esse, inclusive, é um dos grandes motivos pelos quais sempre soube que jamais seria da Grifinória.  Eu até poderia dizer que compartilho com Harry Potter a nobre característica de temer o medo propriamente dito, uma forma rebuscada de falar que eu tenho medo de ficar com medo. E foi dessa maneira que eu, uma pessoa que vou muito ao cinema, orgulhosamente consegui a marca memorável de passar vinte e sete anos sem nunca ter visto um filme de terror na telona, um recorde que foi quebrado quando eu fui com uma legião de amigos ver “O Iluminado” no final do ano passado.

Assim, me peguei pensando no tema que pretendia discutir nesta semana especial: O que classifica um filme como terror?

Há muita controvérsia envolvendo o assunto e quem melhor do que eu, que não gosto de filmes de terror e fujo do medo como o diabo foge da cruz, para esclarecer de uma vez por todas esse mistério? Exatamente, qualquer outra pessoa. Mas a palavra é minha hoje e eu resolvi que já era hora de apresentar a vocês, queridos leitores, o meu revolucionário e nada técnico método de análise de filmes de terror.

É muito simples, o que caracteriza um filme como terror é a presença ou não daquilo que vamos chamar daqui pra frente de “capirotagem”. Mas usaremos esse termo de uma maneira um pouco mais ampla, ok? Capirotagem aqui se aplica não apenas aos “demonhos” propriamente ditos, mas tudo aquilo que é do além ou sobrenatural, envolvendo aí fantasmas, lobisomens, vampiros, casas mal assombradas, mortos-vivos etc. No entanto, alguns casos podem não ser assim tão óbvios, como quando lidamos com filmes de assassinos que exigem do telespectador um olhar um pouco mais treinado. A artimanha consiste em analisar a motivação do malfeitor. Se o assassino do filme mata por ser simplesmente um psicopata, por exemplo, sem a presença de capirotagem, nesse caso não há a caracterização do terror, mas sim de um suspense. Mas se, no entanto, o assassino em questão está possuído por um “demonho” e mata por causa dessa possessão, aí sim o requisito capirotagem foi preenchido e estamos lidando com um filme de terror. Precisando de exemplos?

O Iluminado? Terror. A hora do pesadelo? Terror. Jogos Mortais? Suspense. Sexta-Feira 13? Terror. O exorcista? Mais terror impossível, é o próprio capiroto, gente. Pânico? Supense. 50 tons de cinza? Um terror de filme ruim rs.

Claro que a pura presença de “capirotagem” por si só não é capaz de definir um filme como terror, apesar de esse ser o fator crucial deve vir acompanhado de outras características do gênero para reforçar o estilo, pois é completamente possível utilizar também uma capirotagem para fazer comédia ou aventura - “A Múmia” por exemplo faz os dois. Mas onde realmente mora a dúvida e a polêmica de ser terror ou suspense, esse teste simples pode solucionar esse problema de vida ou morte.

A minha teoria é à prova de falhas? Claro que não, mesmo com todo o meu expertise no assunto que consiste em ter visto aproximadamente uma dúzia de filmes de terror ao longo da minha vida inteira e que faz de mim praticamente uma perita do gênero, não posso afirmar que essa minha pequena pesquisa acadêmica tenha sido testada em larga escala ou mesmo que tenha sequer sido testada. Assim, no caso plausível de essa pesquisa se provar infrutífera, por água abaixo se foi todo o meu esforço com aqueles doze filmes.

2 comentários:

  1. Oi Jack
    Estou contigo no quesito que diz não ter coragem para ver filmes assim. Quando eu era mais jovem e não tinha idade pra baladinhas e afins, o rolê dos amigos eram se reunir na casa de alguém e assistir a filmes assim. E eu era a mais cagona, a que chorava e gritava kkkk Hoje nem Supernatural eu consigo passar da metade da primeira temporada.

    Admiro que goste do genero e até 'sinta prazer' assistindo a esses filmes. Mas definitivamente não é para mim.

    Beijo enorme e boa sexta 13 pra vocês!

    http://jeitodemulhereolhardemenina.blogspot.com.br

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    1. Hey, Carolina. Tudo bem?

      Filme de terror? To fora, pego minha comédia e vou embora! rsrs

      Beijo e boa sexta 13 pra você também!

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