O Babadook

Para comemorar uma Sexta-feira 13 nada melhor que a indicação de um bom filme de terror, para dar aquele medinho básico e desbloquear a conquista de #CapirotagensCinematográficas. O escolhido da vez foi O Babadook (2014), um instigante e misterioso filme de terror psicológico.


Amélia (Essie Davis) é uma mulher de meia idade, enfermeira e mãe solo que têm passando por momentos bem difíceis nos últimos 7 anos. Agora viúva, ela perdeu o marido no mesmo dia que seu filho Samuel (Noah Wiseman) nasceu. A relação entre os dois é bem conflituosa e até ambígua, as pressões e obrigações como mãe muitas vezes a tornam distante do menino e Sam é uma criança hiperativa, com uma imaginação fértil e que tem dificuldade em estabelecer vínculos. O menino vê na figura materna todo o apoio e necessidade de atenção que ele precisa, o que sobrecarrega Amélia.

Certa noite antes de dormir, Sam escolhe um misterioso livro de capa vermelha na estante de seu quarto, era "O Babadook". A mãe começa a leitura sem saber muito bem o que estava por vir e logo no início ela já se espanta com o conteúdo das páginas, trazendo cenas e frases de perseguição, violência e ameaças. Sam fica bem abalado com a história sobre Babadook e não consegue separar ficção de realidade. Achando que o monstro estava dentro de casa, que pegaria a sua mãe e que ele deveria protegê-la a todo custo.


Após a leitura do livro, os problemas ficaram mais intensos, Samuel tentava alertar a todos sobre a presença do Babadook, mas ninguém acreditava e isso só trazia mais transtornos para Amélia, que começa a sofrer de graves crises de insônia. Situações inexplicáveis e a sensação de perseguição contínua faz com que a mãe do menino comece a acreditar que estão correndo perigo, que a misteriosa presença realmente existe e está atrás deles para destruí-los. Alguém permitiu que Babadook entrasse e agora ele não iria embora. 


Fazia tempo que um filme de terror não me prendia tanto, a narrativa é bem instigante e a presença do suspense e ameaça constantes me deixaram bem tensa. A presença maligna representada no filme é genial, pois ele trata do pior tipo de horror, aquele que está dentro de nós mesmos. Babadook é uma personificação e indo na contramão dos filmes do gênero, ele não está preso a casa ou a escuridão da noite, mas sim, ao seu redor e em todos os lugares. -O Babadook pode estar dentro de você, inclusive. Adormecido, só esperando para deixá-lo entrar-

Ao finalizar o filme, algumas coisas podem parecer não se encaixar, pois apesar de lidar com o sobrenatural, queremos uma explicação lógica e plausível, mas a partir do momento que se compreende as simbologias presentes na trama, tudo se torna muito claro e ainda mais sombrio, real e próximo a nós.


A relação entre Amélia e Samuel é outro aspecto excelente do filme, pois não romantiza a maternidade, mostra que muitas vezes está além das forças (e não do querer) da mãe em ter empatia, paciência e ser um “ser onipresente” na vida dos filhos. Isso é mostrado de uma forma incrível, realista e sem floreios. É tão sem floreio que muitas vezes queria dar uns tapas no Samuel rsrs. Se você quer um bom filme para ver hoje, assista O Babaddok - e tente dormir com esse barulho depois! BA-BA-DOOK! DOOK! DOOK!


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