Comic Con Experience 2017
A Comic Con Experience 2017 acabou e viemos contar um pouco do que foi a 4ª edição de um dos maiores eventos sobre a cultura pop desse Brazeeell! Como todos os anos, nós fazemos o possível para avaliar o evento como um todo. Desde as aberturas das vendas, as aguardadas entregas das credenciais, os anúncios e, claro, o evento si. Para nós, sermos transparentes nesse processo é o que mostra a “Experiência” da CCXP e toda a expectativa que ela nos traz.
Quer coisa mais épica do que estar com essa galera?! ♥ |
Existem coisas que, independente do ano, fazem a CCXP ser épica e a sua maneira, inesquecível. O (re)encontro com os amigos, a correria pra entrar na fila e pegar um brinde bacana, enfrentar essa mesma fila por algo que você não quer, mas algum amigo está louuucoo atrás e seria mais uma chance pra ele, as divisões de marmitas - a farofa experience desse ano foi um sucesso! hahaha -, a vibração pelo cosplay que deu certo e sua amiga arrasou e até a revolta sobre as filas dos ônibus. Tudo isso fazem desses quatro dias muito especiais, muito únicos, mas não podemos nos cegar quando um evento que amamos e que nos é tãooo especial pisa na bola em certos aspectos. Então, em linhas gerais separamos os pontos positivos e os negativos da #CCXP17!
~ Pontos Positivos ~
Melhora da vistoria dos cosplays
Rápida e ágil, a vistoria deste ano não colou nenhuma etiqueta indiscreta em nossos objetos, se limitando a colocar uma fita no cordão das credenciais. Muito melhor e mais prático!
Logo após as filas dávamos de cara com vários balcões para receber os livros, assim era fácil andar e depositar a doação ao mesmo tempo. Mas ficamos na curiosidade e achamos que falta um pouquinho de transparência sobre o destino dado a tantos livros.
Praça de Alimentação bem distribuída
As praças de alimentação estavam espalhadas pelo evento e misturavam lojas simplificadas de grandes franquias e boa variedade de food trucks.
Maior espaço para o Artists' Alley!
Nesse ano o Artists' Alley ocupava um imenso espaço no meio do evento e seus corredores amplos propiciavam um ambiente agradável para apreciar tantos artistas talentosos. Adquirimos várias HQ’s e em breve elas darão as caras aqui no blog :)
Ahh essa Artists' Alley não merece palmas, merece o Tocantis INTEIRO! ♥ Nosso amigo Allan, da HQ Volkan, sempre simpático e com novidades arrasadoras! ♥ |
Destaque nos brindes
Camarim Cosplay
No domingo foi o primeiro ano que uma de nós realmente usou o camarim cosplay. Apesar de termos ficado com a impressão de haverem menos cosplayers esse ano, o camarim poderia ser maior. Eu (Thalita) me troquei e maquiei junto com as meninas no banheiro que havia em anexo pois os espelhos estavam todos lotados e mais tarde o guarda-volumes também ficou lotado. Mas ainda assim o espaço entra como ponto positivo dada sua relevância em um evento desse porte. Havia um setor para reparos, os staffs eram simpáticos e prestativos e o ambiente bem bacana. Pelo menos com quem conversei havia uma nítida camaradagem, com as pessoas se ajudando e admirando as vestes umas das outras.
~ Pontos Negativos ~
Falta de convidados da CCXP
Apenas os convidados próprios da CCXP possuem sessões de fotos e autógrafos garantidos, então eles geram uma grande expectativa nos fãs. Esse ano os anúncios demoraram para serem realizados e nomes como Natalia Tena (Tonks de Harry Potter e Osha em Game of Thrones) e Nikolaj Coster-Waldau (Jaime Lannister em Game of Thrones) animaram o público. Até que, às vésperas do evento, os atores cancelaram, criando uma imensa decepção em vários fãs. É difícil dizer que uma pessoa pode substituir a outra, mas os atores que preencheram as lacunas estavam longe de serem tão interessantes.
Parafraseando a Tha... "Anúncios da CCXP que deixaram saudades!" Mas reconhecemos que o Will Smith foi foda xD |
Ambiente lotado e filas, filas e mais filas!
Com certeza essa foi a CCXP mais lotada de todas. Não existe mais dia tranquilo. A quinta e a sexta já estavam cheias, o final de semana então… Sabe shopping lotado na véspera de Natal? Era essa a sensação de caminhar pela CCXP no sábado e no domingo. Consequentemente as filas se tornaram maiores e o tempo de espera para algumas atividades nos stands chegaram a 3h ou 4h! Considere que o evento teve sua duração encurtada, isso significa que a pessoa ficava mais de exorbitantes 30% do seu dia em uma única fila! Veja bem, nós sabemos muito bem que não tem como escapar das filas na CCXP, mas uma coisa é ter fila, outra é o gerenciamento delas e em muitos stands as filas eram imensas, o que nos leva aos próximos tópicos.
Layout dos stands
Os principais stands dos estúdios pareciam que estavam maiores, mas mal distribuídos, os atrações eram ocultadas pelas imensas filas e, por vezes, tornavam os espaços intransitáveis. Achamos a distribuição no mapa bem confusa, tudo bem que eu (Denise) não sou a pessoa mais orientada do mundo, mas as indicações dos corredores estavam beeem complicadas de se localizar e, no meu caso, sem um mapa… Eu só conseguia achar a Artist’s Alley.
Brindes escassos
MEXERAM COM MEUS BRINDESSSSSS! Uma das razões pelas filas intermináveis foram a escassez de brindes, esse ano ganhei MUITO pôsteres e snacks. Stands que nos eventos passados tinham filas intermediárias e com mais opções de brindes, tiraram as variedades e aumentaram as filas. As filas da Netflix estavam imensas e, fora os pôsteres, o mais legal era o porquinho do filme Okja que estava numa máquina de garra (nem preciso dizer o CAOS que estava aquela fila, né? Nem que quase ninguém ganhava, né?) e o boné de Stranger Things que também estava super escasso. Warner e algumas atrações da Fox também seguiram o mesmo padrão. Se os stands maiores e mais visitados tivessem atividades variadas entre rápidas, intermediárias e longas (mesmo que modificasse os brindes) acredito que fluiria muito mais.
Som extremamente alto da Arena CosMusic
Enquanto não havia nenhuma banda tocando, o som ambiente da Arena Cos Music era agradável, com um rock em volume confortável e suficiente para manter uma conversa, comer e descansar em meio aos food trucks espalhados pelo local. Mas quando alguma banda subia ao palco a altura do som ela elevada ao insuportável, fazendo nosso organismo tremer junto da batida e impossibilitando qualquer conversa. Entendo que um show exige som alto, mas a acústica não era boa e a mistura com praça de alimentação se mostrou péssima. Tivemos dó das pessoas que estavam vendendo camisetas e umas coisinhas esotéricas bem ao lado do palco, estava ensurdecedor.
Teve probleminhas? TEVEEEE. Mas com essa turma a gente faz a epicidade ACONTECER! rsrs \o/ |
Baixamos o app para não depender de papéis, facilitar o acesso e receber notificações sobre alguma atividade legal de última hora e que não estava na programação do evento. Pois bem, o app simplesmente não funcionava! Ao abrir éramos redirecionadas para o Google Maps e não mostrava a área do evento. Notificações? Não recebi nenhuma notificação mesmo tendo solicitado nas configurações, mas meu amigo que estava trabalhando e a quilômetros do Jabaquara recebeu várias! #CHATEADAS
Transporte vacilando em TODOS os dias
Por essa a gente não esperava, não após três anos e com um aumento considerável de público. Não usamos o transporte gratuito ida/volta - Metrô Jabaquara/Expo São Paulo em NENHUM dos dias, quinta e sexta as filas perto do horário de encerramento estavam homéricas, haviam pouquíssimos ônibus, o fluxo intenso do final do evento transformou o tempo de espera pelo ônibus surreal. Aparentemente no final de semana houve aumento do número ônibus e redução do tempo total de fila, mas nem isso tornou a experiência melhor. A nossa sorte foi que estávamos em grupo e conseguimos descer/subir até a estação e nos juntar a uma galera, mas até para os pedestres estava difícil, principalmente aquele trecho da entrada do evento, nem a CET, nem os organizadores acharam uma maneira viável de desengarrafar o tráfego naquele pedaço.
De todas edições, essa foi inegavelmente a mais fraca - e fomos em todas. O aumento exorbitante de preço com a diminuição simultânea da duração, foram 7h a menos, a falta de organização e os cancelamentos de última hora ressoaram de tal maneira que o moral de boa parte do público foi abalado antes mesmo de o evento começar. A promessa frequente de anúncios épicos que em boa parte não passavam de coadjuvantes - ou mesmo quase figurantes que substituíram os cancelamentos - foi frustrante.
Fazendo o balanço para postar para vocês, notamos que a frustração foi grande e que de fato, a “epicidade” do evento caiu. Pontos que deveriam ter sido melhorados e aperfeiçoados com as experiências dos anos anteriores nos traz essa impressão ainda mais forte, precisamente quando o evento se entitula “a maior comic con do mundo”. Nós, como fãs e consumidoras da cultura pop, reforçamos a importância da CCXP e como queremos que ela dê a visibilidade que tanto sonhamos para o Brasil, porém para atingir essas expectativas é necessário muito planejamento e análise constante, para não pecar em pontos que já deveriam estar corrigidos. Que a CCXP18 aprenda com os erros, continue os acertos das edições passadas e que o ÉPICO volte a reinar.
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