A Comissão Chapeleira - Renata Ventura (A Arma Escarlate #2)

Hoje temos uma comemoração tripla e é tudo que essa resenha representa. Dia Nacional do Livro! Aeeeewww Dia das Bruxas!!! Aeeeeww Dia do Saci!!! E qual livro melhor para representar tudoooo isso? O avassalador A Comissão Chapeleira continuação de A Arma Escarlate → Resenha Aqui!

"Nunca deixe que teu orgulho te impeça de ficar em paz com alguém..." ~ Pode deixar Capízinho! :3

Eu li ACC há mais de um ano, mas eu não preciso relê-lo para lembrar dos detalhes e a forma que este livro me deixou destruída! E vou tentar expressar aqui o que foi essa leitura.

É nóis que voa bruxão!!! *----* hahahaha

ACC começa numa dinâmica bem diferente do primeiro livro, nos reencontramos com os pixies e, claro com o Hugo aí aí aí esse Hugo… Novas informações são inseridas na trama: o mundo bruxo está em eleições e quando tudo parece que vai melhorar, chegam notícias alarmantes. É o primeiro baque.

Pixies no Controleeee!! \o/

Já no início do ano letivo, a Korkovado passa por algumas transições e os resultados das eleições surtem efeito… O novo presidente cria uma comissão da “moral e bons costumes” - apelidada pelo pixie Viny de A Comissão Chapeleira. A chegada dessa comissão só nos deixa mais apreensivos com o futuro da Korkovado, principalmente quando o Alto Comissário aparece. Um homem misterioso, temido até pelos mais influentes políticos e poderoso muitooooo poderoso e lindo e gostoso e PAREI!

♥ Uma relação de amoorrr...

...E ódio com esse antagonista! >.< 

Em meio a essas novidades no mundo bruxo, somos apresentados à Janaína, baianinha intercambista da escola do Nordeste… Hugo logo amarra seu burro se interessa por ela, mas devido as novas regras impostas pela Comissão, a baianinha tem que voltar a sua escola A coisa tá esquentando!!!

Prestem atenção nos títulos dos capítulos! SEMPRE!!! ;)

O sr. Escarlate muito assanhado esperto a acompanha até a Bahia e somos apresentados à Cidade Média e ao Instituto Paraguaçu e eu não tenho PALAVRAS para definir como eu amo tudo nessa escola e como toda a religiosidade foi inserida na trama sem ser piegas, sem ser cansativa e sem ser invasiva! Temos uma tempestade histórica nesses capítulos. Mas então Huguinho tem que voltar para a Korkovado…

Minhas marcações, arrepiei só de folhear algumas!! Renata é muito cruel. Sério =/

Enquanto isso, a truculência da comissão só aumenta, imposições, proibições, ameaças, sumiços... um pedido inesperado de Janaína foi a última trombeta. A ditadura estava se instalando no mundo bruxo. Foi o segundo baque.

Depois que souberam e sentiram na pele como as coisas estavam fora da escola, os pixies se articularam para combater as ameaças só que nem tudo saí como planejaram. Foi o terceiro e mais cruel baque.

Nessa canequinha a Renata bebeu nossas lágrimas depois da ressaca literária de ACC! uahsuhasuhas

A dinâmica da leitura vai se intensificado a cada capítulo, tem um ponto que não sabemos mais o que esperar só sentimos. Renata aborda assuntos delicados de uma forma surreal, história, política, ditadura, opressão, posições ideológicas, opção sexual, violência… Somos apresentados à vários tipos de sofrimentos.. do mais emocional até o físico… É surpreendente como ela conseguiu anexar tudo isso e mesmo da maneira mais angustiante, nos passou a sua mensagem… As referências continuam: músicos, escritores, Harry Potter, Percy Jackson, entre outros… E não posso deixar de comentar sobre o nosso folclore brilhantemente representado, desmistificado e valorizado em sua obra. Vocês não fazem I.D.E.I.A!! Por tudo isso e muitooo mais ele entrou no hall dos livros favoritos e... é 5*!!! ♥

Você termina o livro refletindo sobre diversos aspectos, encantado com a nossa cultura e com o pouco que sabemos sobre ela e surpreso com a proximidade com a nossa vida e com situações atuais (lembrando que o livro é de ago/2014 e a história se passa em 1999).

Se você nunca leu AAE corra e vá ler! Sério.

Se você ainda não leu ACC,  segure seu forninho… Encomende um coração novo. E venha se surpreender! ♥

Somos livres em nossos propósitos, mas escravos de todas as consequências.