Resenha ~ HQ Star Wars: Princesa Leia #1-5 - Mark Waid, Terry Dodson e Rachel Dodson

Como toda garota, sempre gostei de história de princesas. Mas sempre preferi aquelas princesas que iam à luta e não ficavam aguardando o príncipe salvá-las - algo que felizmente tem se tornado menos raro. Elas poderiam - e preferencialmente o fariam ;D - ficar com o bonitão no final, mas a história delas não se resumia ao romance conto de fadas. Sendo assim, é fácil adivinhar que a Princesa Leia é minha princesa predileta.

Capa lindíssima *---*
Fonte: marvel.com

Sim, garotas, digam o que quiserem sobre Elsa, mas Leia é a verdadeira Princesa revolucionária e meu ideal de heroína modelo. Ela é destemida, idealista, ousada, inteligente, habilidosa, altruísta e, acima de tudo, uma grande líder. É compreensível até para os leigos o heroísmo do Luke, o Jedi habilidoso com seu sabre de luz, mas só quem é fã vai reconhecer o grande papel dessa garota de 1,5 m que munida de um simples blaster e uma mente sagaz liderou uma grande rebelião.

BAM! In the face!

Agora que esclareci que sou uma grande fã da Princesa Leia Organa e os principais motivos para aqueles que não a conhecem, torna-se desnecessário dizer que fiquei animadíssima ao saber da notícia que a Marvel lançaria uma HQ somente dela  e que integraria o novo cânon. Aqui no Brasil a publicação acaba de chegar e seus cinco capítulos sairão mensalmente dentro da Revista "Darth Vader" a partir da edição nº 2, que já está nas bancas, e a história começa logo após a destruição da primeira Estrela da Morte, na cerimônia em que Leia condecora Luke, Han e Chewie.

Traços e cores muito bonitos, mas eu particularmente prefiro os das revistas Legends que tem uma pegada mais realista

Para mim, o melhor da HQ é que aborda um assunto não discutido nos filmes e motivo de vários questionamentos do fandom: o luto ou falta de luto de Leia pela destruição de seu planeta. Você pode entender melhor todas as vertentes conflitantes da história, como a perda de seus pais adotivos, todos seus amigos, planeta natal e, como princesa, de seu povo. Além é claro a sensação de culpa pelo ocorrido, a iminente ameaça imperial que agora conhece o esconderijo rebelde, todo o impacto disso na guerra em andamento e ainda a sua responsabilidade não apenas para com a rebelião, mas com o que resta de seu povo.

Ufaaaa, muita coisa certo? Pois é … Mas o problema reside aí, pois apesar de ser para mim o melhor da HQ é também um de seus defeitos, uma vez que assuntos assim tão profundos acabaram sendo tratados de forma bastante rasa - provavelmente até porque apenas 5 capítulos não seriam suficientes para contar devidamente essa história eis aí a oportunidade mal aproveitada Marvel/Disney. Fora isso, a Leia dessa HQ não me convenceu da mesma forma que a Leia das HQs Legends ou do novo Canon (que está já no capítulo 11 nos Estados Unidos e 2 aqui no Brasil) convencem. Em resumo, a ideia da HQ é fenomenal, mas em resultado não atingiu minhas expectativas que, admito eram altíssimas. Ainda assim, vale a pena conferir a curta história canônica principalmente porque ela explica o motivo de Leia preferir substituir o título Princesa por General (o que a Disney já anunciou que veremos no novo filme) e isso para mim é ótimo, uma vez que ela sempre foi, muito mais do que uma monarca, uma badass guerreira rebelde.