Resenha ~ Saga "Os Heróis do Olimpo" - Rick Riordan

Com “Percy Jackson e os Olimpianos” -> resenha aqui <-, Rick Riordan deixou uma boa impressão na nossa equipe e nós, como boas filhas de Atena, não poderíamos deixar de nos interessar por mais uma saga com nossos heróis queridos. Composta por cinco livros, a saga “Os Heróis do Olimpo”, segue a ordem “Herói Perdido” (o mais fraco da saga), “O Filho de Netuno”, “A Marca de Atena” (meu predileto, dããã), “Sangue do Olimpo” e “A Casa de Hades”; e volta com toda a treta, sagacidade e bom humor que os fãs aprenderam a amar.

<3

Ninguém que tenha lido Riordan vai discordar que o cara tem uma fórmula, entretanto é uma fórmula que funciona os números não nos deixam mentir. Então vemos novamente uma saga inteligente e divertida que mistura mitologia de maneira empolgante para criar uma série de livros de fantasia cheia de ação e que é certa de conquistar novamente o coração de jovens leitores ou de leitores de jovem coração <3

Como sempre, capas lindas 

Como sempre, capas lindas ²

Ok, Jack… Então é tudo a mesma coisa? Sim e não, amigos. Claro, que a leitura será altamente familiar com batalhas e ciladas épicas, muitas escapadas por um triz numa mistura de muito talento com uma sorte maior ainda. Entretanto, se você já começa a leitura louco para rever nosso grande amigo Percy Jackson vai surpreender-se que dessa vez ele não é mais o foco central da história, apesar de sempre ter um papel extraordinariamente grande num plano maior. Então o reencontro da nossa dupla predileta é adiado de forma um tanto sádica pelo autor, mas esteja certo de que valerá a pena. Então, ao mesmo tempo que temos nossos heróis muito mais maduros e desenvoltos, algo que é lindo de ver, finalmente nessa saga o autor pode explorar melhor o passado de personagens menores porém queridos dos leitores, como Nico Di Angelo, por exemplo.

Essa saga é mais robusta que a primeira, como demonstra os livros grandalhões

Mas quem vive de passado é museu e de certa forma o Rick Riordan também, assim essa saga é repleta de novos personagens que tem todos sua chance de brilhar. Alguns deles vão despertar sua ira, outros sua indiferença, irritação desculpem-me fãs do Jason, muito fraco para ser principal, admiração ou eterno carinho  Hazel e Frank, meus amores <3. A familiar escrita leve, divertida e informal do autor se apresenta dividida pelo ponto de vista de diversos personagens, o que as vezes é interessante e as vezes enfurecedor - os cliffhangers dessa saga estão cruéis, fique avisado. Então, dentro daquele padrão maroto com o qual estamos acostumados, há bastante novidade com a qual lidar.

O brilho da saga, entretanto, reside na introdução da mitologia romana e a maneira inteligente com a qual o autor cria o contraste, tanto da formação militar de cada cultura quanto da personalidade dos deuses. Na escola aprendemos que os deuses romanos são uma versão dos deuses gregos, porém nessa saga é extremamente divertido ver os impactos das suas diferenças de personalidade quando eles teoricamente “são a mesma pessoa”. Como sempre, Riordan encontra saídas sagazes e maneiras simples de modernizar a mitologia, fazendo crescer seu universo ficcional de forma muito eficaz.

Em resumo, se você também amou “Percy Jackson e os Olimpianos” não tem motivos para não gostar de “Os Heróis do Olimpo”, é um exemplo perfeito de um “mais do mesmo” que agrada, cumpre o que promete e consegue sim trazer novidades dentro de um formato consagrado. Novamente foi uma ótima leitura para intercalar com coisas mais pesadas e de quebra matar a saudade de antigos amigos.

Thalita metendo o bedelho: Sempre adiei a leitura de Percy Jackson por não querer começar outra série, por serem muitos livros e blábláblá. Até que no Natal de 2014 a Jack me presenteou com o primeiro volume da saga anterior (obrigada amiga!) e me apaixonei! Adorei ver os personagens agora mais velhos e maduros e principalmente o intercâmbio entre a mitologia grega e romana. Como citado, meu querido Nico Di Angelo tem maior destaque aqui e foi responsável por um dos meus maiores surtos literários dos últimos tempos. Em dado momento o personagem visita Portugal, mais especificamente a Capela dos Ossos na cidade de Evora. Além da passagem por si só ser excelente estive lá a cinco anos (saudades <3) e pirei loucamente quando consegui visualizar tudo o que foi descrito. A batalha final me decepcionou um pouco mas ela por si só não tira o brilho de toda a saga. Espero que um dia tio Rick escreva outra saga com os personagens ainda mais velhos. E que venham agora os deuses nórdicos!