Comic Con Experience 2018

Vou ser sincera, cheguei na Comic Con Experience 2017 bem desanimada. Frente ao aumento de preço dos ingressos, diminuição das horas úteis dentro do evento, cancelamentos de última hora e muito alarde para anúncios pouco animadores, a CCXP do ano passado não agradou e me fez comprar os ingressos da edição de 2018 com certa má vontade lá no primeiro lote. E essa foi a sensação da maioria dos meus amigos, todos fãs de longa data do evento, tanto que alguns optaram por não retornar em 2018.


Mas fico feliz em dizer que a CCXP 2018, edição comemorativa em razão dos cinco anos do evento, em diversos aspectos é a melhor realizada até hoje! Os anúncios começaram bombásticos com a vinda do Sebastian Stan (o Soldado Invernal de Os Vingadores) e prosseguiram até o evento. Houveram atrações surpresas e conteúdo exibido primeiramente aqui, deixando os mais de 260 mil visitantes bastante contentes e consolidando CCXP como uma das maiores Comic Cons do mundo. A Denise, a convite da Michele do O Que Tem na Nossa Estante (obrigada Mi!), participou do spoiler night na quarta e conferiu em primeira mão as novidades do evento.

Eu e a Jack estivemos presentes durante três dias e a De um dia + “20%” referente ao spoiler night. Ela comenta que foi ótimo participar da noite extra mesmo tendo sido bem corrido e que não ter ido os quatro dias deu uma sensação de vazio e de desespero de não dar tempo de ver tudo que tinha para ver, mas que no fim tudo deu certo.

Artist Alley

Sexta foi dia de eu e a Jack desbravarmos o Artist Alley, e quantas surpresas boas tivemos!


Ano passado olhamos com mais carinho esse setor da feira e começamos a nos interessar mais seriamente por quadrinhos. Em 2018 consolidamos essa nova paixão e a Jack, mestra suprema do Excel, organizou uma planilha para que pudéssemos autografar e conferir as novidades do ano que mais atiçaram a nossa curiosidade. Estava estabelecida a missão e, dias antes da CCXP formulamos uma estratégia: com a planilha como mapa em mãos e a mochila já lotada de HQs que amamos, chegamos direto para o Artist’s Alleu prontas para passar o dia e atacamos direto nos autógrafos que mais cobiçávamos. Depois seguimos conferindo lançamentos esperados que ouvimos sobre de antemão e, por último, fomos de mesa a mesa de coração aberto para conhecer novidades inesperadas, o que rendeu alguns amores a primeira vista como a HQ Up and Ahead com cães em um ambiente de faroeste da Raquel M. Simoso. Não sei explicar, bati o olho e simplesmente me apaixonei! Além das HQs saímos com mais prints do que nossas paredes já lotadas podem comportar. 

Consegui autógrafos nas minhas queridas HQs da coleção Graphic MSP que faltavam e a Jack também teve um momento divertido com o Vitor Cafaggi - autor da HQ da turminha que inspira o filme do próximo ano - que muito gentilmente desenhou três personagens a escolha dela.


Um de nossos momentos prediletos do evento foi pegar o autógrafo na HQ Daytripper - uma das nossas melhores leituras do ano - com os renomados artistas gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá. Os artistas autografaram nossas HQs simultaneamente, desenhando na nossa frente e trocando ao final para que o outro completasse com sua assinatura, de tal maneira que cada uma de nós ficou com a visão de um irmão sobre personagem principal. 


Depois de três dias de tentativas, com direito a fila reserva da fila reserva da fila reserva, a Jack no último dia do evento finalmente conseguiu o muito cobiçado autógrafo do consagrado John Romita Jr. em sua HQ do Kick Ass.


A De aproveitou para conhecer o Alexandre Beck, criador do Armandinho e o Frigoli criador da HQ Meteor Falls. Seu encontro com o Alexandre foi incrível, pois ela conseguiu transmitir todo o carinho que sente por suas tirinhas que acompanha há tanto tempo. O Armandinho é aquele respiro de ar que salva quando parece que estamos nos afogando.


Frigoli foi outro lindo, ele foi super fofo e receptivo e recebeu a De de braços abertos. Os dois conversaram bastante e ela ficou  super feliz de ver o novo projeto pronto! City Bussocaba e tantas outras resenhas em breve darão as caras por aqui.


Deu pra sentir que voltamos carregadas de novas HQs e artes lindíssimas, dentre as que levamos só pra autografar e as que descobrimos e compramos por lá. O artist alley reuniu mais de 540 artistas nacionais e internacionais, independentes ou não, e todos com que falamos foram muito gentis. É muita gente talentosa junta e dá vontade de comprar tudo!


Definitivamente, o Artist’s Alley é uma das partes mais mágicas do evento e que tem recebido cada vez mais o amor que merece. É a oportunidade de ter conhecer, conversar e criar algumas boas memórias com os responsáveis por algumas das histórias que marcam nossas vidas, conhecer também aquelas que ainda vão marcar e descobrir novas e lindas visões sobre aquelas que são de alguma forma responsável pelas pessoas que nos tornamos ao longo dessa nossa jornada como fãs de ficção.

Stands

Alguns estavam grandiosos, como o da Netflix que além de um stand geral apresentou uma réplica do banco de La Casa de Papel com direito até a “atracadores” ameaçando os visitantes. Warner e Disney apresentaram seus maiores lançamentos. As atividades da Warner podiam ser agendadas e eram variadas, contando com simulação aquática do Aquaman ou piscina de bolinhas do Sheldon de The Big Bang Theory. Adorei a ideia, principalmente pois ano passado as filas davam voltas e mais voltas no stand, dificultando até mesmo a sua visualização. Já a Disney preferiu atividades relacionadas a fotos e trouxe cenários bem bonitos como uma réplica do Dumbo ou um avião da Capitã Marvel. Eram os maiores stands da feira, com ruas passado no meio deles, o que facilitou em muito a movimentação. Aliás, apesar de ser a CCXP com o maior número de visitantes, em nenhum momento me senti espremida e desconfortável - as ruas mais largas desse ano fizeram diferença. A De teve uma percepção diferente da nossa em relação ao tamanho dos stands e achou vários deles menores que os do ano passado. Os queridos brindes foram mais escassos, mas ainda assim conseguimos alguns como posters e adesivos da Disney e um canudo para guardar posters do Senac que é bem legal.


HBO trouxe sua tradicional muralha fechada com atividades internas relacionadas a Game of Thrones e também apostou em senhas para evitar filas desnecessárias, além de um grande estande para divulgar a parceria com a Johnny Walker no lançamento de um whisky edição limitada que podia ser retirado no evento.


Quem surpreendeu foi a GloboPlay, cujo stand continha um helicóptero e reproduzia o cenário da série Ilha de Ferro. O local continha também um palco onde era possível ver vários atores globais, alguns com direito a meet and greet. 


Amazon Prime Video fez bonito em sua estreia no evento com um stand reproduzindo o bar de American Gods e staffs gentis prontos para fornecer explicações sobre as séries originais do canal. Ainda haviam atividades relacionadas a suas séries, algumas com brindes como códigos de desconto.


Universal Studios mostrou um cenário lindo de Como Treinar o Seu Dragão 3 e um Banguela em tamanho real. Iti Malia!


Gosto muito de ver figurinos originais e a maioria dos stands investiu nisso. Netflix por exemplo trouxe vestes de Sabrina e Umbrella Academy; Disney apresentou os uniformes da Capitã Marvel e a Sony do Homem Aranha; e Amazon Prime mostrou parte do figurino de The Man In The High Castle. 


Iron Studios, para a nossa alegria!, investiu novamente em dinossauros e reproduziu a icônica cena da cozinha de Jurassic Park além de exibir novidades de sua própria linha e de outras marcas de colecionáveis consagradas como Hot Toys, Asmus Toys e Sideshow Collectibles. Os Mini Co. ganharam um espaço especial e mostraram que vieram para ficar com novas coleções de Terror, O Senhor dos Anéis e Harry Potter e a Tamashii Nations fez a alegria dos aficionados por anime.


Outros stands também contaram com atividades bacanas. Destaque para o Senac que tinha um jogo com gatinhos bastante divertido, luta com robôs de controle remoto e degustação de itens gastronômicos como o divertidíssimo e delicioso suspiro de nitrogênio! O stand da Turma da Mônica tinha um Sansão e uma Mônica gigantescos. O stand de divulgação do filme do Bumblebee tava com tudo, tinha “CarOke” pra você e seus amigos cantarem dentro do fusquinha amarelo mais querido de todos e ainda ganhar óculos do filme. Também tinha fliperama, competição de dança, basquete e até cenário para tirar foto na motocicleta da protagonista. O cartão de crédito Trigg também continha um jogo e o vencedor ganhava uma sacola recheada de brindes, e de vez em quando rolavam jogadas especiais valendo fotos e autógrafos com alguns dos artistas da feira. A Lívia ganhou uma sessão de fotos com os atores de Power Rangers. 

O super divulgado espaço da Cabana do Hagrid e do Bicuço era deslumbrante de lindo, mas senti falta de uma maior interatividade pois o local ficava inteiramente cercado. Não precisava entrar dentro da cabana, mas gostaria de ter podido pelo menos tirar fotos dentro do espaço, não do lado de fora de uma fita de proteção que ficava a um metro da cerca de verdade.


Alguns stands contribuíram para uma sensação inicial de “eu já vi isso em algum lugar…”. Foi o caso da Ubisoft/Just Dance e Playstation com versões menores de seus espaços na BGS 2018 e da Riachuelo que esteve na feira com o mesmo layout de eventos anteriores. Óbvio que todo mundo tem o direito de estar na CCXP, mas senti algumas marcas meio deslocadas e falta de alguns nomes tradicionais que não deram as caras esse ano - alô, Comix, saudades, sua linda.

Lojas

É difícil segurar a carteira na CCXP. Os apaixonados por Funko Pop tiveram diversas opções de lojas fornecendo os adorados cabeçudinhos a preços variados. A Fini, além de vender guloseimas, levou meias divertidíssimas com estampas de seus doces. A Riachuelo Geek prova que acertou em apostar no público geek e pôs à venda inúmeras novidades principalmente no setor de Super Heróis e Harry Potter, com direito a roupas exclusivas do evento. DC Comics contava com uma loja exclusiva. Livros, cadernos, jogos, pelúcias, chinelos, camisetas, canecas, plaquinhas, colecionáveis… Tudo isso poderia ser comprado tranquilamente na CCXP, com opções para todos os gostos e bolsos.


Pela primeira vez entrei na loja do Harry Potter. Alvo de justificadas reclamações nos anos anteriores, a loja agora continha filas mais ágeis. Seu interior estava recheado de itens oficiais e compras acima de determinado valor davam direito a brindes. Curti bastante a loja, apesar de alguns preços salgados haviam itens possíveis de comprar com dinheiro trouxa, mas alguns amigos reclamaram que no sábado diversos artigos já estavam esgotados. 

Por um outro lado parece que algumas marcas ainda não se ligaram do poder de compra do público geek. Esperava uma loja da Disney recheada de itens daqueles que só se encontram nos parque de Orlando ou de roupas da Marvel. Também esperava ver à venda mais colecionáveis além de Funko Pops.

Artistas

Para mim os artistas convidados da CCXP são muito importantes. É uma chance de ver ali, pertinho de mim e nem que seja por alguns segundos, alguns dos atores e atrizes que eu admiro. Os artistas disponíveis para fotos e autógrafos esse ano eram nomes de peso! Além do Sebastian Stan, os fãs puderam chegar pertinho do Tom Welling (o Super Homem de Smallville), os Power Rangers Ciara Hanna, Erin Cahill, Jason Faunt, Walter Emmanuel Jr. e Yoshi Sudarso; Manu Bennett (Crixus de Spartacus e Azog em O Hobbit); Zachary Levi (Shazam!) e Ricky Whittle (Shadow Moon em Deuses Americanos). Os preços eram variados e poderiam ser parcelados em até 3x sem juros no cartão de crédito.


Eu e nossa amiga Adriana da página Richard Armitage Brazil tiramos fotos com o Manu Bennett e ele foi muito, mas muito simpático! Comigo ele brincou com o fato de eu estar vestida com o cosplay de Thorin, elogiou meu traje e ainda se despediu com um “obrigado” fofo e cheio de sotaque ❤Consegui uma tão cobiçada pulseirinha da Netflix e conheci também o Andy Serkis, o Gollum de O Senhor dos Anéis/O Hobbit e diretor da nova adaptação de Mogli que estreou na Netflix dia 06 de dezembro. Se fiquei feliz? Fiquei radiante!


O setor de autógrafos era separado das fotos, em um local ligeiramente alto e aberto. Achei a ideia muito bacana pois quem não quisesse pagar ou só tivesse curiosidade de ver alguém poderia ver dali. E assim vi o Zachary Levi, também muito simpático, mexendo e brincando com quem estava ali para vê-lo. 

De mais longe, na “bolha” de vidro do Omelete, local onde ocorrem as entrevistas para a Live, também é possível avistar os atores e quem fica coladinho na grade pode ter a chance de ver os ídolos de perto já que vários deles desceram para cumprimentar os fãs e tirar fotos. 

Os estúdios fizeram bonito e trouxeram atores de alguns dos maiores lançamentos do próximo ano para participar dos cobiçados painéis no Auditório Thunder. Muitas pessoas madrugaram na fila para poder ver Brie Larson (Capitã Marvel); Michael B. Jordan e Florian Munteanu (Creed 2); Maisie Williams e John Bladey (Game of Thrones) além dos criadores D.B. Weiss e David Benioff; Jessica Chastain e Sophie Turner (X-men: Fênix Negra); Sandra Bullock (Caixa de Pássaros); Noah Schnapp, Sadie Sink e Caleb McLaughlin (Stranger Things) e aparições surpresa de Tessa Thompson (MIB: International), Tom Holland e Jake Gyllenhaal (Homem-Aranha: Longe de Casa) e Ellen Page (The Umbrella Academy). Se antes eu sonhava com a participação de atores desse calibre, acho que a partir de agora tudo pode acontecer.

Ainda acho que a CCXP poderia tentar trazer mais atores que fazem trabalhos de meet and greet. As fotos do Sebastian e do Zachary eram as mais caras, e foram as primeiras a se esgotar, o que prova que o público está mais do que disposto a pagar por esses momentos.

Ainda pode melhorar...

Começando principalmente com o transporte do metrô Jabaquara até o São Paulo Expo. Os ônibus não dão conta do número de visitantes, e aliado com o volume de trânsito que se forma na região, torna a volta para casa demorada e estressante. Compensa bem mais ir e vir andando até a estação de metrô. Nossa equipe vai ao evento desde a primeira edição e todo ano é o mesmo estresse e a mesma falta de respeito com o visitante que pagou caro pelo ingresso. Esse é o tipo de problema que eventos como Bienal do Livros, Anime Friends e BGS simplesmente não tem, mas que em 5 anos de evento a CCXP não parece muito preocupada em resolver.

Havia bastante variedade na praça de alimentação, mas poucas mesas para se sentar. Poderiam haver pelo menos bancadas onde poderíamos apoiar os alimentos e não precisar comer andando ou de pernas cruzadas no chão, uma vez que entre as escassas mesas não faltava espaços vazios para acomodar melhor os visitantes que faziam sua refeição. 

Não tive problemas com a retirada da foto do Manu Bennett, mas os fãs de Sebastian Stan e Zachary Levi relataram problemas com demora. Alguns levaram mais de 3h para conseguir sua foto impressa e outros só conseguiram retirar no outro dia. Na sexta vi um bolo de gente tentando pegar suas fotografias, sem organização de filas ou coisa parecida.

A distribuição de senhas e pulseirinhas de autógrafos dos convidados dos estúdios poderia ser repensada. Elas são gratuitas, e sua distribuição é anunciada nas redes sociais ou descobre-se sobre elas ficando ligado no próprio evento. Um esquema de senhas pela internet como é a do Bienal do Livro seria uma ideia mais justa e transparente.

Poderia haver algum incentivo para os cosplayers visitarem o evento. Desde o ano passado fiquei com a impressão de haverem menos cosplayers daqueles super elaborados andando pelo evento. Cosplayers são como coadjuvantes e fazem bastante diferença na CCXP ou em qualquer outro evento. Dado o investimento necessário e o tempo que ele ocupa dentro da feira (dependendo do cosplay é difícil até de andar devido a inúmeras paradas para fotos) poderia ser dado pelo menos um desconto aos praticantes do hobby.


Pequenos elogios

Apesar de alguns staffs estarem nitidamente cansados e estressados no último dia do evento, eles fazem o seu melhor e a grande maioria te recebe com um sorriso no rosto e se mostra muito solícita e simpática, prestes a te ajudar no que for necessário. 

Também vale mencionar os gentis funcionários de várias lojas. Destaque para o moço da Imaginarium que viu a De cheia de pôsteres e ofereceu uma sacola grandona temática do Harry Potter e Star Wars, com direito a bottons do Harry que a loja estava distribuindo durante o evento! Ao comentar dentro da loja que eu queria um pin do Pelúcio que não estava na prateleira, um funcionário gentilmente se ofereceu para buscar um no estoque. Obrigada!

Banheiro feminino sempre tem fila, e apesar da lotação, estavam sempre limpos e mais de uma vez vi a equipe de limpeza presente. 

Gostei que dessa vez estava claro para onde os livros doados são enviados, e eles vão para a Biblioteca Viva, programa que visa revitalizar as bibliotecas municipais de São Paulo.

A Essência

O melhor da CCXP são os amigos. Dias em que você ri e se diverte ao lado daqueles que gosta e se identificam com você. E dias que você também tem a oportunidade de conhecer novas pessoas, que se não se tornam suas amigas pelo menos trocam uma palavra ali no momento e são gentis caso necessário. São quatro dias em um ambiente onde assumimos a nerdice e podemos ser livremente quem somos, apaixonados por cultura pop e, acima de tudo, perceber que não estamos sozinhos em nossa loucura, longe disso. É estar em um lugar em que é permitido surtar com uma arte bonita no artist alley, vestir seu cosplay e ser seu personagem favorito, encher os olhos de lágrimas porque conseguiu uma pulseirinha para ver um ator que você admira e perceber que não precisa ter vergonha, pois todos a sua volta também estão com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso enorme no rosto.



Se ano passado senti que a CCXP foi fria, esse ano o calor da CCXP voltou. Fico contente pelas conquistas do evento, pelo quanto ele cresceu, e torço para que ele continue evoluindo, aprendendo com seus erros, e nos presenteando com dias épicos. Que venha a CCXP 2019!

Um comentário:

  1. Que registros incríveis, queria participar!

    http://www.submersaempalavras.com/

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