Tomb Raider: Os Dez Mil Imortais - Dan Abnett & Nik Vincent

Faltando pouco menos de um mês para o lançamento de “Shadow of The Tomb Raider”, jogo que encerrará a atual trilogia da franquia, na tentativa de aplacar a minha ansiedade resolvi dar uma chance para ver como a famosa desbravadora de tumbas se saia nas páginas.


Eu adoro Tomb Raider e sou especialmente fã do reboot, amo ambos os jogos e estou falando sem parar de “Shadow of The Tomb Raider” desde o momento de seu anúncio - Denise e Thalita não me aguentam mais. Então, depois da minha decepção com o filme, conferi algumas resenhas meio desanimadoras sobre esse livro, mas na minha ânsia resolvi arriscar e devo dizer que, num geral, o resultado foi até melhor do que o esperado - talvez porque eu não esperasse tanto assim, para ser honesta.

“Tomb Raider: Os Dez Mil Imortais” se passa logo depois do jogo “Tomb Raider 2013” e antes do “Rise of Tomb Raider”, e trás Lara Croft embarcando numa nova aventura para salvar sua amiga Sam - sim, novamente ela. Aqui vemos uma jovem ainda lidando com o trauma dos acontecimentos de Yamatai, se esforçando para superar seus problemas e, como sempre, pôr a sua amiga a frente de tudo e de todos. Não vou mentir que a premissa foi meio desanimadora a princípio, mas mesmo com essa motivação nem um pouco original, felizmente a narrativa ganha rumos mais relevantes, deixando Sam como um pano de fundo pouco interessante.


Chamou minha atenção que, diferentemente dos jogos, essa história se desenrola em áreas majoritariamente urbanas o que oferece alguns desafios bastante diferentes daqueles que a nova Lara costuma enfrentar. É interessante também, como nos jogos, ver a evolução da personagem da jovem insegura no começo da história para algo mais parecido com aquilo que esperamos dela.


Por mais que a Lara das páginas não tenha me convencido completamente, seja na personalidade ou pelas facilitações de certos recursos narrativos duvidosos, ainda assim essa leitura rápida - o livro é bem curtinho -  foi mais divertida do que eu esperava. A sensação do livro é de um filme de ação e conspiração bem diferente dos jogos e talvez, bem talvez, funcionasse na tela até melhor do que o roteiro da pobre adaptação deste ano.

Apesar de algumas infelizes tentativas de desenvolvimento de vilões que acabam por soar caricatos, o livro supera em muito a cambaleante tentativa dos quadrinhos. Para aqueles de olhar atento, bem atento mesmo, há sim ligação direta com Rise of The Tomb Raider, mesmo que de maneira extremamente sutil, deixando espaço para torcida para uma possível ligação com último jogo da trilogia, o que faria desse livro, mesmo que não uma grande obra, a melhor tentativa até agora de um universo expandido da nova franquia e um risco que vale ser considerado pelos fãs.

[…] Não precisava de um salvador, não precisava de um homem se metendo e tomando as rédeas. Lara tinha seus próprios planos e seu próprio jeito de fazer as coisas.

Nota: 3,5/5★

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