A inexplicável arte de se identificar...

A estreia de Pantera Negra me marcou profundamente, não foi somente pela presença e personalidade do protagonista, foi algo muito maior, muito mais inexplicável. Como muitos de vocês sabem, há algum tempo tento me apropriar mais da cultura negra e dessa africanidade que corre em minhas veias. Seja lendo livros e HQs, assistindo filmes e/ou séries, de autores negros, com protagonistas negros, que contam a história afro de alguma forma ou simplesmente buscando as histórias em lugares não-convencionais. 

A experiência do filme transcendeu algumas outras vividas, ela foi mais forte e intensa. Talvez seja meu vínculo com esse universo geek maravilhoso ou seja porque entendi de maneira - por vezes - dolorosa o que o protagonista e seu antagonista estavam dizendo e o que tinham passado em suas histórias fictícias - ou não tão fictícias assim.

Já que o Rei está ocupado, a Rainha Ororo representa e com apoio do Finn!
Livros com protagonistas negros ♥
Foi um outra experiência de representatividade. Aquela que a gente grita ou chora (como foi o meu caso): “É ISSO!”. A união de dois temas tão importantes para mim, africanidade + cultura geek, e trabalhados de formas tão entrelaçadas transpassou às telas e me deixou fascinada.

A minha criança interior ficou imensamente feliz e grata em se reconhecer na telona e eu, adultona em formação, só pensava que mais e mais crianças negras deveriam assistir a esse espetáculo! Querer ser o Pantera, o Killmonger, uma das Dora Milaje, a inteligente Shuri ou qualquer outro do filme sem que ninguém crie impedimentos e diga que ela não é parecida com os personagens. Possibilitar que elas lembrem-se de quem são e de onde vieram, de toda a luta ancestral, que viemos de um continente lindo, lindo, mas usurpado e com histórias apagadas, que essa sementinha seja plantada e que gere reflexões, para crianças e adultos.

As transformações dentro da cultura pop estão vindo (finalmente!) com força e em ondas, ondas de representatividade e identificação, entender quão significativo elas são nos aproxima um pouco mais do filme e todas as suas nuances e também de nós mesmos, independente de cor de pele. Que essas ondas não parem, que sua frequência seja maior e nos atinja com força e nos faça submergir nessas sensações inexplicáveis. Que Wakanda se espalhe, cresça e ganhe todos os universos! ♥

4 comentários:

  1. A Felicidade que vc sentiu no filme transbordou dentro de si e escorreu como lindas palavras <3

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    1. Gratidão, Bidutrance! ♥
      Sim, transbordou e me vi querendo dividir com todos essa felicidade!

      Obrigada pela visita!

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  2. Olá Denise,

    Assisti PN no fim de semana e fiquei estasiada. E com sentimento s que não havia sentido em outros filmes de herois. Imagino como se sentiu. Sua criança interior pulando de alegria. É aquele velho bordão né: QUE ÉPOCA PARA SER NERD!

    Beijos

    http://jeitodemulhereolhardemenina.blogspot.com.br/

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    1. Oie Carol!
      Simmm, menina, que época! Eles descobriram o caminho das pedras e agora a gente tem que aproveitar!! hahahaha

      Obrigada pela visita! :3

      Bjs :*

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