What Remains of Edith Finch

Definitivamente um dos melhores jogos que joguei esse ano e, certamente, o segundo que mais me surpreendeu, o aclamado pela crítica “What Remains of Edith Finch” da Giant Sparrow é mais um grande acerto publicado pela Annapurna Interactive, responsável também por nos trazer Florence.


Edith Finch é a mais jovem e única integrante viva de uma peculiar e desafortunada família que acreditava ser amaldiçoada. Por três gerações, cada um dos Finches encontrou seu final em meio a circunstâncias misteriosas e, após suas mortes, tiveram seus quartos na antiga casa da família selados e mantidos intactos para sempre em homenagem a suas memórias. Assim, agora herdeira, Edith retorna à casa que deixou ainda criança, a fim de desbravar todos os cantos e quartos selados e desvendar os mistérios que cercam sua família, na tentativa de compreender o incompreensível ao descobrir um lado que jamais imaginara de cada familiar.



Esse jogo de mistério, repleto de drama e fantasia, é envolvente ao extremo e aguça a curiosidade do jogador desde os primeiros instantes, sem jamais parar de surpreender ao longo de seu desenrolar. Visualmente é um espetáculo que atenta aos inúmeros mínimos detalhes, fazendo da própria casa uma personagem do jogo que exige atenção para ser desvendada e que entrega sem avareza minuciosidades enriquecedoras de uma história intricada. É um verdadeiro convite à exploração.


A jogabilidade me agradou muito, justo eu que não sou lá muito fã de jogos em primeira pessoa, achei muito confortável e bastante envolvente, especialmente por possibilitar vivenciar as histórias através dos olhos de cada personagem, fazendo de cada um delas ainda mais intrigante. Outro coisa que me agradou imensamente é que cada narrativa soa completamente diferente entre si e ao mesmo tempo estão todas perfeitamente conectadas, formando um belo, triste e levemente assustador emaranhado que, como a própria casa Finch, consegue ser caótica e curiosamente coerente de um jeito inusitado.

Que tipo de família termina de construir um cemitério antes de começar a casa?
Eu gosto e sempre gostei de histórias, acima de tudo histórias originais e bem contadas, gosto mais ainda se elas tiverem um toque leve ou não de fantástico. Esses são alguns dos motivos pelos quais eu simplesmente me apaixonei por esse jogo, porque ele soa como adentrar as páginas de um livro bom de verdade, como quando a gente é criança e acredita em fantasia. Jogar “What Remains” é se desligar de seu mundo e conhecer um completamente novo.

“What Remains of Edith Finch” é uma brilhante narrativa sobre memória, perda e diferentes formas de lidar com o luto, sobre histórias que são contadas de geração a geração e que confundem ficção e realidade. Sombrio, melancólico e belíssimo, esse é um jogo curto, mas poderoso e que te dá as ferramentas, mas deixa livre o caminho para sentir, pois cabe a cada um de nós a compreensão daquilo que permanece afinal.

Disponível para:  Xbox One, Playstation 4 e PC



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