(Des)encanto

Matt Groening ataca novamente, agora com (Des)encanto, a nova série de animação da Netflix que é uma espécie de Simpsons com Game of Thones com um humor beeem pesado.


A série acompanha a história da Princesa Tiabeanie, Bean, da Terra dos Sonhos que, ao invés de casar para formalizar uma aliança entre reinos como seria seu destino, prefere curtir a vida e encontrar seu próprio caminho muito, muito tortuoso. Aliada a Elfo, um elfo que não quer ser feliz o tempo todo como os demais, e Luci, o demônio pessoal da princesa, a jovem Bean vai se enfiar em incontáveis ciladas e beber todas e um pouco mais ao longo dessa jornada.



Com a primeira imagem da animação já dava pra saber, pelos traços característicos, que era coisa do criador de Os Simpsons e Futurama, o que por si só seria suficiente para despertar a curiosidade, ainda mais se considerarmos que chegando à Netflix ele poderia perder algumas das amarras que tinha na Fox. Dito e feito. Minha primeira reação quando vi o trailer foi: “Uma princesa subversiva e cachaceira, HELL YEAH”. Uma personagem feminina completamente fora dos padrões como protagonista? Eu já estava fisgada. E não me decepcionei, sério.



Prepare-se para um humor super ácido e, por vezes, deliciosamente chocante, que não teme em pegar pesado. A série faz declaradas críticas sociais e políticas e espeta religião com o garfo sem dó alguma. Definitivamente uma animação para adultos, (Des)encanto não é para qualquer um, pessoas muito conservadoras devem passar bem longe - da animação e do público dela também cof cof. Não precisa nem torcer, basta apertar um pouco a série que o sarcasmo escorre.

Se você, como eu, tem o costume de assistir no áudio original, vale a pena rever em português porque nossa equipe de dublagem simplesmente ultrapassou todos os limites possíveis nessa produção, trazendo nossos memes mais memoráveis para a tela e fazendo dessa uma das melhores dublagens da atualidade.

Apesar de a série demorar um pouco para embalar o arco principal da temporada, fazendo com que os primeiros episódios soem um pouco mais esparsos, ela capta a atenção desde o início com aquela desgraça de música grudenta e daora pra caramba da abertura e é, sem sombra de dúvidas, “altamente maratonável”, terminando no décimo episódio com clima de “manda mais que tá pouco, muito pouco”. Ri pra caramba e já quero mais.

P.S. Luci, o capirotinho da série, é engraçado pra caramba!

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