Mamma Mia: Lá vamos nós de novo!

Dez anos aguardando, cantando e aguardando, a sequência desse musical tão querido e é com extrema satisfação que afirmo que a espera valeu a pena. O filme é perfeito? Não. Eu poderia apontar erros de roteiro ou incongruências da trama de um filme para o outro, detalhar prepotentemente uma série defeitos aqui ou ali como alguns críticos têm feito, mas qual seria o propósito disso? Como é o lema aqui do EntreLinhas, essa “crítica” será um papo de fã para fã e, por isso, vou me adiantar aqui e supor que, se você está lendo isso, é porque é realmente um fã do filme original assim como eu e o modesto grupo que preencheu as poucas salas que exibiram o filme na estreia. E amigx, esse momento é muito nosso!

Um elencão desses, bicho
Primeiramente, essa longa espera fez o filme soar como um reencontro de amigos e sejamos honestos que a nostalgia pesa quase metade do valor desse ingresso e que, no final das contas, é isso que traz aquele sorriso gostoso no rosto, não é mesmo? E isso o filme entrega sem avareza.

Em segundo lugar, não há como negar que entramos na sala de cinema em busca daquela boa, fofa e divertida farofa, afinal Mamma Mia é, sempre foi e sempre será uma maravilhosa comédia romântica, daquelas bem cafonas, no bom sentido da palavra se é que você me entende, como as melhores farofas devem ser.  É aquele entretenimento contagiante, tal qual o ritmo das músicas que inspiraram o filme e, novamente, o filme alcança esse objetivo com louvor.

Esses dois pontos para mim seriam mais do que suficientes para explicar o sorriso bobo que insiste em não deixar a minha cara desde que vi o filme, mas aqui a gente não gosta de economia e então tem mais.

Todo o elenco clássico está melhor do que nunca, em especial Colin Firth, que pelo simples fato de existir já brilha, e Amanda Seyfried que canta lindamente e apresenta uma Sophie muito mais madura e que emociona. A grande ícone Cher, como esperado, tem pouquíssimo tempo de tela, mas consegue arrancar algumas gargalhadas, bem como o charmosérrimo Andy Garcia.

Já o elenco jovem, ah esse elenco é ESCANDALOSAMENTE maravilhoso. Cada um dos seis jovens atores me fez acreditar que eram nossos amados personagens duas décadas antes de eles ganharem nossos corações. Sério, é impressionante a semelhança de cada um deles, tanto física quanto na atuação. Destaque para Rosie, minha personagem predileta, que é hilária em todas as suas versões.



É incontestável que preencher os sapatos de Meryl Streep é uma responsabilidade e tanto, mas Lily James surpreende e rouba completamente a cena em uma performance encantadora como jovem Donna. Ela é linda, talentosa, canta bem pra caramba e deixa evidente porque o enorme coração e espírito livre da Dona cativam a todos que a conhecem pelo caminho.  É impressionante como ela trouxe tanta coisa para a personagem, mesmo contando uma história que afinal nós já conhecíamos de cor. Aquece o coração ver essa jornada.

Trazendo novas canções e novas versões daquelas já consagradas no primeiro filme, “Mamma Mia” é uma aposta certeira no coração dos fãs. Um filme deliciosamente contagiante que emociona e diverte, o tipo de entretenimento despreocupado que releva seus defeitos e ao qual é impossível resistir. Vale a pena sair do cinema cantando.

P.S. Tem cena pós-créditos e é fabulosa!


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